17.10.11

heartless


procurei um porto de abrigo novo do caixão até á cova, um lar doce lar, que me esconda do que desconheço, um mundo superior ao meu, que me abrigue dos meu pavores, fobias, incompatibilidades do meu ser, medos. um universo paralelo ao teu, uma casa nova, onde os mundos contradizem-se, onde as recordações sejam aprazíveis, onde a voz da razão detona do meu coração e apodera-se da minha voz, do timbre que encanta e desencanta, nunca tão poucas palavras tiveram tanto significado, mas nunca as minhas mentiras foram tão exactas, nunca as minhas justezas foram tão límpidas. o teu mundo colide com o meu, fazendo-me pertencente de ti, o ar é tão espesso e opaco, tão pesado como as mágoas que carrego dentro de mim, as tuas melancolias hoje são as lágrimas que esboçam o meu rosto, a tua felicidade é o meu sorriso, sei que não resistes mais ao meu olhar, mas sem ti eu não o transmito. talvez próximo do teu coração seja o meu melhor refúgio, um porto seguro onde terei sempre a certeza que estás perto de mim para me encobrir do que me aflige e do que constrange, não devia ser assim, mas eu gritei e ninguém me ouviu, clamei o teu nome até perder a fala, e bem longe do que era um sonho eu perdi a minha alma

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