7.10.10

dear dad:

já se passaram anos, mas não acredito que aquele amor*, do nada evaporou, evaporou tudo menos, as lágrimas, as fotos, nunca foste bom, sempre levado por influências, mas durante mas nos primeiros 9 anos, os momentos eram poucos, mas eram lindos, as chamadas eram raras, mas as lágrimas eram tão certas nelas, e quando dizias a chorar “amo-te, tenho muitas saudades tuas” e quando me vias eu saltava pó teu colo, mas ela estragou tudo, ela pôs-te uma venda nos olhos, nas poucas horas que estavas comigo eu abraçava-me a ti e ela nunca gostou, e porquê ? nunca sube, vivem no mesmo equador, mas parece que têm as mesmas “saudades” que eu tenho quando chegas, hoje choro com saudades tuas, pois preciso de ti, amanhã digo que és um cabrão, um paneleiro, e digo que te odeio, mas na verdade éq acima de todas as merdas eu consigo-te perdoar, porque eu amo-te, e sei que a culpa não é tua, e sei que me amas também, mas eu pedia-te por tudo, uma dia que me vires reconhece-me, pois cresci, sem ti, mas cresci, mas contigo continuo a ser a mesma criancinha de 3 anos, assim como me deixaste, eu fiquei parada no tempo, porque eu nunca me esquecerei do dia 12/08/2008, “promete que pró ano estamos juntos, e nunca me vais tentar esquecer, emenda-te hoje, para amanhã seres um bom homem, promete que nunca me vais deixar, por favor promete”* e tu prometes-te e por uma merdinha mudaste de número, tu e todos, és um cego isso sim, atitude mais desonesta, como quisesses esquecer o que deixas-te pra trás, mas não te esqueças que eu nasci primeiro do que essa tua ‘”vida nova”, eu não quero acreditar que foi atitude tua, mas eu odeio-te, mas juro que te amo ao mesmo tempo.


* amor de pai e filha
* prometes-te tanto que já se passaram 2/3 anos, e nem te pus a vista em cima

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